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Curso de Medicina realiza videoconferência intercontinental sobre dieta mediterrânea

Curso de Medicina realiza videoconferência intercontinental sobre dieta mediterrânea

Foto: Carla Vailatti
Alunos aprimoraram conhecimentos sobre como a alimentação pode influenciar doenças cardíacas

Uma videoconferência intercontinental marcou a XXIII Semana Acadêmica do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF). A atividade ocorreu na tarde de quinta-feira, 05 de setembro, e teve como convidado especial o professor Giovanni Annuzzi, da Faculdade de Medicina da Universidade Frederico II. Ao vivo de Napoli, na Itália, o professor falou aos estudantes e docentes da UPF sobre a dieta mediterrânea, alimentação típica dos moradores de países banhados pelo Mar Mediterrâneo - sul da Europa, norte da África e sudoeste da Ásia – onde há incidência muito baixa de doenças cardiovasculares, como infartos, AVCs e isquemias. No Brasil e em grande parte do mundo esse tipo de enfermidade é a principal causa de mortes na atualidade, segundo a OMS e o IBGE.

De acordo com Annuzzi, em 1950 uma pesquisa feita em sete países identificou que em alguns havia uma elevada incidência de mortes por causas cardiovasculares, enquanto que outros registravam números bem menores. Em busca de explicações, descobriu-se que a principal causa evitável para esse tipo de morte era a ingestão de alimentação rica em gordura saturada, encontrada em carnes vermelhas, por exemplo, e de comidas muito refinadas, como farinha e açúcar brancos.

Na região do Mediterrâneo, um dos locais com menos mortes por doenças cardíacas no mundo, a alimentação é composta, principalmente, por sete itens: peixes, frutas, legumes, cereais integrais, azeite de oliva extravirgem, nozes e uma ou duas taças de vinho por dia, além da baixa ingestão de ovos, queijos, carne vermelha e embutidos. Annuzzi explicou que essa dieta reduz o colesterol ruim (LDL), tem a capacidade de saciar por mais tempo e estimula menos a insulina. Além disso, os polifenóis presentes no vinho são antioxidantes e protegem as células do organismo, quando a bebida é consumida com moderação.

De acordo com o professor da Faculdade de Medicina (FM/UPF) Hugo Lisboa, que também participou da atividade, a maioria das pessoas escolhe sua alimentação pelo preço e pelo sabor. “No entanto, é necessário optar por comidas priorizando a saúde, o que nem sempre é a opção mais acessível, tanto pelo preço quanto pela disponibilidade”, comentou. Lisboa e Anuzzi acreditam que, nessa situação, o melhor é planejar as refeições e, no caso de passar várias horas longe de casa em local que não haja alimentação de qualidade disponível, o ideal é levar consigo seu próprio lanche.

A temática entrou na semana acadêmica por sugestão do professor Hugo Lisboa, que realizou intercâmbio na Universidade Frederico II. Os futuros médicos, cientes da importância da temática, concordaram e então se buscou acertar os detalhes técnicos para que a primeira videoconferência intercontinental da FM se concretizasse. Na UPF, a UPF Virtual, junto com colaboradores do Campus II, trabalharam para que a recepção fosse perfeita. Na Itália, o engenheiro Gugliermo Toscano cuidou da transmissão, e o resultado foi uma conversa ao vivo, com qualidade de imagem e som e sem interrupções.

 
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