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Encontro avalia formação profissional e ações de atenção básica em saúde

16/06/2011

I Seminário Integrado Pró-Saúde/Pet-Saúde reuniu acadêmicos, professores e gestores da área da saúde de Passo Fundo

O que mudou na formação em saúde em Passo Fundo a partir da implantação do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pro-Saúde) e do Programa de Educação em Trabalho para a Saúde (Pet-Saúde)? Para tentar responder a esse questionamento, foi realizado no auditório do Campus II da Universidade de Passo Fundo (UPF) na quarta-feira (15/06), o I Seminário Integrado Pró-Saúde/Pet-Saúde. Acadêmicos e professores de todos os cursos da área da saúde, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde e da Coordenadoria Regional de Saúde participaram dos debates, que tiveram também como finalidade promover a integração entre os diferentes projetos da área da saúde desenvolvidos pela UPF e pela Secretaria Municipal da Saúde.

O Pró-Saúde é uma ação dos ministérios da Saúde da Educação que visa a incentivar transformações no processo de formação, geração de conhecimentos e prestação de serviços à população. Lançado em 2005, o Pró-Saúde está integrando as escolas ao serviço público e, para isso, reúne instituições de ensino superior. UPF e Secretaria Municipal de Saúde contam com dois programas em andamento, envolvendo os diferentes cursos da área da saúde, o Pró-Saúde I, coordenado pelo professor Adroaldo Mallmann e o Pró-Saúde II, coordenado pela professora Carla Gonçalves.

Já o PET-Saúde é uma iniciativa que integra professores e acadêmicos dos diferentes cursos da área da saúde, juntamente com funcionários da rede pública de saúde. É mantido pelo Ministério da Saúde e busca atender a necessidade de uma nova visão sobre a questão saúde-doença, educando permanentemente docentes e profissionais. O PET-Saúde iniciou em abril de 2009 e está dividido em três projetos: Pet-Saúde Estratégia de Saúde da Família, coordenado pela professora Evânia Araújo; Pet-Saúde Vigilância em Saúde, coordenado pela professora Marlene Doring; e Pet-Saúde Saúde Mental, coordenado pela professora Bernadete Dalmolin.

A vice-reitora de Graduação da UPF Neusa Rocha destacou a relevância do seminário, um espaço privilegiado de debates sobre programas que vem desencadeando ações que sinalizam um quadro promissor e apontam para a consolidação dos serviços em saúde e para a qualificação da atenção em saúde da população. “Do ponto de vista acadêmico, os estudantes tem sido estimulados a desenvolver o espírito investigativo por meio das vivências e práticas de pesquisa, tem se integrado à rede municipal de saúde e tem nos desafiado a promover mudanças curriculares de modo a formamos profissionais adequados às necessidades e políticas de saúde do país”, enfatizou. Ao todo, no Pró-Saúde I e II e nos diferentes Pet-Saúde, estão envolvidos mais de 300 acadêmicos e professores dos cursos de Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social, além da Engenharia Ambiental da UPF.

Ações que dão certo

Durante o seminário, cada coordenador de programa foi convidado a relatar a experiência que tem vivenciado junto à equipe. O foco maior foram as contribuições que as ações desencadeadas pelos Pró-Saúde e Pet-Saúde trouxeram à vida da população, entre elas, destaca-se a ampliação e estruturação de unidades básicas de saúde da família e Cais, mediante obras e também aquisição de equipamentos e mobiliário, com recursos provenientes dos projetos. Além disso, acontece o treinamento dos profissionais inseridos na rede, o que possibilita um melhor atendimento às necessidades da população. Por outro lado, os acadêmicos estão inseridos na rede básica de saúde desde os primeiros semestres, tanto aprendendo a atuar em equipes multiprofissionais quanto levando as suas contribuições ao atendimento.

O secretário Municipal de Saúde Jairo Caovila ressaltou a necessidade cada vez maior de recursos humanos comprometidos com a saúde pública do país. “A parceria entre as instituições que formam os recursos humanos para a área da saúde e a Secretaria Municipal, que é quem utiliza esses recursos humanos no atendimento diário, é muito importante. Antes estávamos formando profissionais não preparados para o atendimento da atenção básica e para aquilo que o SUS precisa”, disse, considerando que o trabalho está em evolução para que o usuário seja melhor atendido.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde Dario Delavi enfatizou que os projetos fortalecem os atendimentos em saúde pública no município, sendo importantes por inserirem professores e acadêmicos no dia a dia da saúde pública. “A nossa lógica de atendimento hospitalar, ou de formação hospitalar dos acadêmicos precisa ser vencida, porque a gente sabe que é na prevenção que está o atendimento real, necessário e mais barato”, pontuou, avaliando que muito se avançou nos últimos anos na perspectiva de melhor atendimento à comunidade.

O seminário contou também com a presença do coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde Alberi Grando, que relatou estar otimista com os resultados dos projetos, os quais acompanhou desde o início. “Hoje melhorou tanto para o profissional que atende na rede, para o professor e para o aluno, mas principalmente para o nosso usuário, que está sendo melhor atendido”, finalizou.

Assessoria de Imprensa UPF

 
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