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UPF realiza último ciclo de educação continuada do PET Saúde/Saúde da Família

29/11/2011

Prontuário da saúde: a quem compete elaborar? Este foi o questionamento que direcionou o debate ocorrido na terça-feira, 22 novembro, no anfiteatro da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF) durante a realização do último ciclo de educação continuada do PET-Saúde/Saúde da Família de 2011. O palestrante convidado foi Marco Antônio de Mattos, assessor jurídico do Hospital São Vicente de Paulo, que apresentou um painel sobre os diferentes aspectos legais do prontuário de saúde, tanto na perspectiva dos pacientes, como das instituições que os assistem.

Segundo a professora Cristiane Barelli, que esteve à frente da atividade, desde 2004 o Ministério da Saúde tem orientado a implementação de prontuários de saúde. “A política Humaniza SUS menciona o prontuário transdisciplinar na saúde, como ferramenta capaz de estimular e fortalecer o trabalho em equipe e o diálogo entre os profissionais, favorecendo troca de conhecimentos, inclusive com os doentes e familiares”, destaca. Na opinião da professora, a prática contribui também para a produção de vínculos e para o fortalecimento do trabalho em equipe.

Durante a palestra, as discussões foram enriquecidas com a experiência dos 60 participantes, incluindo profissionais das equipes de saúde da família conveniadas com o PET-Saúde, bem como os estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Farmácia participantes do programa. Segundo a professora Cristiane, na oportunidade foram comentadas as funções do prontuário, os tipos de registros que o compõe (administrativos e técnicos), as formas de acesso e seus aspectos éticos e legais representados pela privacidade, confidencialidade, segurança e rastreabilidade.

Entre os assuntos, Marcos Mattos falou das perspectivas para o futuro e sobre a influência da tecnologia nesta área. “O prontuário eletrônico, já normatizado pelo Conselho Federal de Medicina através da resolução 1638 de 2002, é a tendência atual dos serviços de saúde e amplia a segurança das informações e o armazenamento dos dados”, revela Mattos.

Muitos estudantes de Medicina e bolsistas do PET-Saúde participaram do evento. Para eles esta foi uma boa oportunidade para ampliar conhecimentos. “O momento foi de muito aprendizado e interessante, pois a integração multiprofissional que o PET-Saúde propicia despertou diferentes opiniões e aspectos sobre o tema, além de ter revelado a responsabilidade e o comprometimento dos docentes que acompanham os estudantes nos ambientes de prática”, destaca Nathalia Daugustini. Profissionais que já atuam no mercado também aprovaram o tema debatido. “Achei fantástico os debates promovidos pelo ciclo de atualização do PET-Saúde porque os palestrantes trazem aspectos operacionais importantes, bastante objetivos e sustentados não só pela teoria, mas por suas vivências profissionais. Especialmente hoje, integrar a vivencia do ambiente hospitalar para ser aplicada no dia a dia dos ambulatórios também é uma possibilidade rica de integração”, opina Débora Tauffer, farmacêutica e preceptora do programa.

Na opinião de Daniela Boeno, enfermeira da Estratégia da Saúde da Família (ESF) da Santa Marta e também preceptora do programa, com esses encontros, os profissionais encontram caminhos para o aperfeiçoamento. “Os ciclos de atualização preencheram uma lacuna na capacitação dos profissionais da rede municipal de saúde e esperamos que continuem no próximo ano”, finaliza.

Assessoria de Imprensa UPF

 
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