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Programa Mais Médicos em debate na Faculdade de Medicina

Programa Mais Médicos em debate na Faculdade de Medicina

Foto: Cristiane Sossella
Estudantes e profissionais participaram do Ciclo de Palestras

O Programa Mais Médicos para o Brasil, do governo federal, tem gerado polêmica em todo o país. Criado com a finalidade de acelerar investimentos em infraestrutura física de saúde, abrir faculdades de medicina e para suprir a falta de médicos nas áreas mais carentes, o projeto encontra resistência em setores da sociedade quanto a alguns pontos. Para debater o tema, a Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (FM/UPF) convidou representantes da classe médica para a primeira atividade do segundo semestre do Ciclo de Palestras. A atividade ocorreu no dia 13/08, no Anfiteatro do Campus II, e contou com a coordenação do professor Cláudio Wagner.  O diretor da unidade acadêmica Adroaldo Mallmann e o coordenador do curso de Medicina José Ivo Scherer prestigiaram o evento, junto a acadêmicos, professores e comunidade.

Representando a Associação Médica do Planalto (Ameplan) e o Sindicato Médico do RS, Sabine Chedid fez uma retrospectiva da criação do Programa Mais Médicos, destacando o que chamou de promessas do governo: 12 mil vagas de residência médica, cinco novos hospitais universitários e o investimento de R$ 2,7 bi para a construção de seis mil novas unidades de saúde básica. “Fizemos mobilizações em todo o país e temos debatido esses acontecimentos e as incertezas do programa: os recursos para fazer o que o governo está propondo vêm de onde? Por que as mudanças não foram feitas antes?”, questionou. De acordo com ela, além de mobilizar a classe médica, a intenção é orientar a população sobre o que as entidades consideram adequado no programa. “Ninguém, por exemplo, é contra a vinda de médicos estrangeiros. Queremos que eles façam o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida)”, pontuou.

Na mesma linha de raciocínio, o segundo debatedor, delegado da Seccional do Conselho Regional de Medicina, Henrique Oliani, alertou que a classe está indignada. “A população não pode ser enganada trazendo-se para trabalhar aqui profissionais sem qualificação. Desejamos que tanto os profissionais estrangeiros que vêm trabalhar no Brasil quanto os brasileiros que vão estudar medicina no exterior façam o Revalida. Os Conselhos Regionais não vão aceitar esses profissionais sem registro no Conselho Federal de Medicina e, para fazer o registro, tem que ter feito o Revalida”, sintetizou.

Um representante do governo também havia sido convidado a participar, mas não se fez presente. Ao final, durante o espaço de debates, o diretor Adroaldo Malmmann pontuou, além da importância do Revalida, a necessidade de conhecimento da língua portuguesa. Conforme ele, outras reivindicações da categoria são o plano de carreira e melhor infraestrutura para atendimento da população.

 
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